Primeiramente o som.
Tendões, tecidos, ossos partidos
que partem outros ossos,
O ar, cortado pelo corpo do cordeiro morto
Sons que me ensurdecem por um segundo expectante.
Num torpor, saio de mim
e com olhos alheios assisto a tudo.
O latir aflito do animal a ser castigado,
não o ouço, não me rasga por dentro,
não me obriga a cerrar os olhos.
Com uma mão, como divindade punitiva,
puxa o culpado para fora do seu tugúrio
Com a outra, agitando o cordeiro como raio de fúria fulminante,
castiga o cão.
Não o ouço a insultar o animal nem adivinho o som da sua aflição.
Ouvirei nos meus sonhos?
Tendões, tecidos, ossos partidos
que partem outros ossos,
O ar, cortado pelo corpo do cordeiro morto
Sons que me ensurdecem por um segundo expectante.
Num torpor, saio de mim
e com olhos alheios assisto a tudo.
O latir aflito do animal a ser castigado,
não o ouço, não me rasga por dentro,
não me obriga a cerrar os olhos.
Com uma mão, como divindade punitiva,
puxa o culpado para fora do seu tugúrio
Com a outra, agitando o cordeiro como raio de fúria fulminante,
castiga o cão.
Não o ouço a insultar o animal nem adivinho o som da sua aflição.
Ouvirei nos meus sonhos?
(imagem: Cronos, devorando um dos seus filhos de Goya)
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