Thursday, September 15, 2005

Memória Recuperada

Águas fétidas sepultam exércitos de eras distantes.
As armas brilham como peixes carnívoros.
Dentes afiados que apodrecem.
Não sopra o vento, mas se soprasse seria o cheiro da morte,
Do sepulcro vandalizado pelo tempo.

Pontes inacabadas e suspensas por fios invisíveis.
“A luz não é real” – disse alguém imerso na escuridão, olhos vazios.
“As criaturas rastejantes são desagradáveis à vista, mas agradáveis ao tacto”.
Toquei-lhe na anca e a morte sorriu.


2004