Edificamos as nossas casas nas pegadas
Que deixamos pelo mundo fora.
Fomos inocentes
Crianças à solta num mundo jovem,
Ainda na primeira aurora.
Fomos bons
Sem sombra do cinismo que trazemos
Orgulhosamente ao peito.
Do primevo fruto comemos só uma dentada
E atiramos ao chão o resto.
E tornamo-nos sombras de nós
Animal diminuído e infecto.