Thursday, June 25, 2009

Não há fome que não dê em fartura. Já dizia o meu avô e tudo o que ele diz costuma ser verdade. Há uns tempos havia centenas de professores de inglês. Muitos não conseguiam encontrar trabalho, outros não estavam simplesmente dispostos a fazer sacrifícios. Aceito isso, apesar de não compreender muito bem. Hoje, talvez por causa das aulas de Inglês no 1.º ciclo, por causa do boom de formação a que assistimos este ano, formações estas que, invariavelmente, têm uma componente de língua estrangeira, há cada vez menos professores de inglês disponíveis para dar formação. Isso leva a que as ofertas de contratos sejam cada vez mais frequentes. O problema é que, estando nós a recibo verde, não estamos em condição de dizer não sob o risco de vermos fecharem-se-nos portas. Este mês, a sobrecarga de trabalho é de tal ordem que vou trabalhar em média 14 horas por dia: seis a dar formação, quatro no CNO e mais umas quantas em casa a corrigir trabalhos e reflexões. A minha questão é: como posso assegurar qualidade a quem me paga, trabalhando tantas horas diárias cinco dias por semana? Não me posso queixar por trabalhar muito, houve um poema chamado Desiderata que me ensinou a valorizar o trabalho, mas também foram meses como o que se aproxima que me ensinaram a valorizar o descanso.


Aqui fica o tal poema que traduzi numa aula deste senhor.

Desiderata

Go placidly amid the noise and the haste,
and remember what peace there may be in silence.

As far as possible, without surrender,
be on good terms with all persons.
Speak your truth quietly and clearly;
and listen to others,
even to the dull and the ignorant;
they too have their story.
Avoid loud and aggressive persons;
they are vexatious to the spirit.

If you compare yourself with others,
you may become vain or bitter,
for always there will be greater and lesser persons than yourself.
Enjoy your achievements as well as your plans.
Keep interested in your own career, however humble;
it is a real possession in the changing fortunes of time.
Exercise caution in your business affairs,
for the world is full of trickery.
But let this not blind you to what virtue there is;
many persons strive for high ideals,
and everywhere life is full of heroism.
Be yourself. Especially do not feign affection.
Neither be cynical about love,
for in the face of all aridity and disenchantment,
it is as perennial as the grass.

Take kindly the counsel of the years,
gracefully surrendering the things of youth.
Nurture strength of spirit to shield you in sudden misfortune.
But do not distress yourself with dark imaginings.
Many fears are born of fatigue and loneliness.

Beyond a wholesome discipline,
be gentle with yourself.
You are a child of the universe no less than the trees and the stars;
you have a right to be here.
And whether or not it is clear to you,
no doubt the universe is unfolding as it should.

Therefore be at peace with God,
whatever you conceive Him to be.
And whatever your labors and aspirations,
in the noisy confusion of life,
keep peace in your soul.

With all its sham, drudgery, and broken dreams,
it is still a beautiful world.
Be cheerful. Strive to be happy.

Tuesday, June 16, 2009

Para a Cris

Andei desde dia 3 de Junho à procura desta música na web para a colocar aqui só para ti. Finalmente encontrei-a. Parabéns por me aturares tanto tempo.



não ligues ao vídeo, o importante é a música.

Thursday, June 04, 2009

Let The Right One In

Quando era miúdo, adorava filmes de vampiros. Lembro-me de ter cinco/seis anos e de ver, às dez da noite (o que para mim naquela altura era quase madrugada) um qualquer filme de vampiros com o Christopher Lee. Continuei a gostar e na minha adolescência vi, até à náusea, filmes como Entrevista com um Vampiro de Neil Jordan, Aberto até de Madrugada de Robert Rodriguez, e, principalmente, Drácula de Bram Stoker de Francis Ford Coppola. Chegava a saber quase todas as falas do filme, como aquelas em que Gary Oldman dizia: "I never drink... wine" ou "they say you are a man of... good taste". Mas vi recentemente um filme sueco que superou até mesmo o de Coppola no topo das minhas preferências e é um dos melhores filmes que vi este ano - o seu título em Inglês é: Let The Right One In. Aconselho este filme intimista, muito belo e até comovente sobre a relação entre um jovem atormentado pelos colegas e uma vampira de mais ou menos doze anos (depois de verem o filme vão perceber o porquê do "mais ou menos"). Fica aqui o trailer para acabar de vos convencer.
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