Friday, July 21, 2006


Passaram no último dia 3 de Julho 35 anos da morte de James Morrison, carismático vocalista da banda the doors, poeta. Encontrado morto na banheira da sua casa de Paris entrou directamente no palácio dos mitos.
Eu que já nasci 10 anos depois da sua morte, recordo-o pela sua voz, presença teatral em palco, e também pela sua poesia. Vale a pena conhece-la, aqui fica uma amostra.
Is everybody in?
Is everybody in?
Is everybody in?
The ceremony is about to begin.
WAKE UP!
You can't remember where it was
Has this dream stopped?
AWAKE
Shake dreams from your hair
My pretty child, my sweet one.
Choose the day and choose the sign of your day
The day's divinity
First thing you see.
A vast radiant beach in a cool jeweled moon
Couples naked race down by its quiet side
And we laugh like soft, mad children
Smug in the woolly cotton brains on infancy.
The music and voices are all around us.
Choose, they croon, the Ancient Ones
The time has come again.
Choose now, they croon,
Beneath the moon
Beside an ancient lake.
Enter again the sweet forest,
Enter the hot dream,
Come with us,
Everything is broken up and dances

Wednesday, July 19, 2006

ouvindo o rumor das águas verdes do tanque
-fresco som que refresca o sentido-
abrigado sem ti

jogo com palavras frescas que me saem
dos lábios docemente
Saboreio a sombra da nespereira sem frutos,
sem flor, que carrega
só e pesadamente
o fardo do calor.

ao longe o fumo sai das chaminés das padarias
sei-lo mas não o vejo, sinto o cheiro do pão
neste lugar a que estou ligado pelo umbigo
adormeço e sinto dentro de mim o fruto amadurecer
e sonho que to dou e o partilhas comigo.

Thursday, July 06, 2006

Porque é que eu gosto de Banda Desenhada?


Boa pergunta. Fácil mas longa resposta.
Começa com 8 anos e com o Homem-Aranha. O Peter Parker seguiu-me durante toda a adolescência e ensinou-me que independentemente do que os outros pensem de nós o que interessa é o que somos no nosso intimo, mesmo que quase todos estejam contra nós.
O Hulk mostrou-me a dicotomia entre o médico e o monstro muito antes do Dr. Jeckyll and Mr. Hyde. O Thor, o seu irmão Loki e o pai de ambos Odin ensinaram-me o pouco que sei sobre a mitologia nórdica. O Demolidor foi para mim uma lição de que não devemos desistir perante as contrariedades. Os X-men fizeram mais pela luta contra o racismo do qualquer outro documento planfetário ou campanha com essa finalidade. Ali estão ele diferentes, olhados de lado e, embora mais poderosos raramente respondem violentamente.
Curiosamente nunca achei grande graça ao Super-Homem, alguém sem defeito algum (excepto o pormenor da pedra verde kryptonite) é desinteressante.
Que diferenças há entre os teenagers de hoje e os de há 10 ou 15 anos?
Para mim cada número de cada revista era um acontecimento, o dinheiro do almoço era guardado religiosamente com o fim de saber das aventuras de Wolverine (e da sua luta para saber a verdade do seu passado) e de todos os outros principalmente do universo Marvel. Hoje, os acontecimentos são a estreia de novos e novos filmes de super-heróis que, embora ultimamente tenham aumentado de qualidade deixam muito a desejar aos fans. Por exemplo: Demolidor, Liga de Cavalheiros Extraordinários, alguns Batman (em concreto aqueles que não foram realizados por Tim Burton ou Christopher Nolan), Elektra, e provalvelmente outros tão medianos que nem marcaram o imaginário colectivo.
Perdeu-se um bocado a magia porque dantes o Wolverine era aquela figura tão dura como adamantium e agora é o Hugh Jackman, o Homem-Aranha agora é o Tobey Macguire. Enfim, resta uma imensa nostalgia para quem, como eu, cresceu com estes heróis. E muitos deles criados pelo homem da foto: Stan Lee a quem presto a minha homenagem.